terça-feira, 27 de novembro de 2012

O impacto do amor


Criança que não recebe carinho da mãe pode ter cérebro menor e menos desenvolvido

A forma como o bebê é tratado pela mãe nos seus primeiros anos de vida poderá determinar se seu cérebro terá um bom funcionamento. Uma pesquisa da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA) comparou os cérebros de duas crianças de três anos de idade: de um lado, bem tratada por seus familiares, principalmente pela mãe; e de outro, negligenciada. O resultado da pesquisa mostrou que no caso da mãe que deu amor, carinho e se comportou como totalmente responsável pelo bebê, o cérebro dele cresceu plenamente. Enquanto que no caso oposto, quando a criança sofreu abuso ou foi maltratada, o cérebro mostrou-se menor e com pontos mais escuros, indicando que é menos desenvolvido.

Crianças que recebem mais carinho podem se desenvolver melhor
— O desenvolvimento do circuito cerebral depende potencialmente de uma interação positiva entre a mãe e o bebê — apontou o professor do Departamento de Psiquiatria e Ciências Comportamentais da UCLA, Allan Schore, ao jornal britânico “The Telegraph”.
De acordo Schore, isto ocorre porque 80% das células cerebrais se desenvolvem na faixa dos 2 anos de idade, e se o processo de formação de conexões (sinapses) for prejudicado ou não for estimulado, o déficit poderá ser permanente. Ele ressalta que o bebê maltratado poderá ter sua inteligência afetada. Além disso, poderá crescer com menos empatia para com outras pessoas, mais propensão a ser viciado em drogas e a se envolver em crimes violentos. Ele ainda terá mais chances de ficar desempregado com frequência e de ter problemas de saúde e mentais. Esta descoberta, segundo o pesquisador, poderia ser um dos fatores a explicar, por exemplo, por que algumas gerações de famílias tendem a enfrentar um ciclo difícil de quebrar de falta de escolaridade, desemprego persistente, pobreza, vícios como o de álcool e drogas, assim como o envolvimento em crimes.

Maior risco de ansiedade e depressão
Em janeiro deste ano, a Escola de Medicina da Universidade de Washington publicou o primeiro estudo mostrando mudanças na anatomia cerebral no caso de crianças que tinham sido negligenciadas por seus pais. A pesquisa, publicada no periódico “Proceedings of the National Academy of Sciences” (Pnas), apontou que crianças que foram bem cuidadas por suas mães nos primeiros anos de vida tinham o hipocampo do cérebro maior. Essa estrutura é fundamental para o aprendizado, a memória e a resposta ao estresse. Neste estudo, os pesquisadores analisaram as imagens dos cérebros de 92 crianças, revelando que aquelas que tinham recebido afeto e sido bem alimentadas tinham o hipocampo 10% maior que as crianças cujas mães tinham sido negligentes.
Chefe da psiquiatria infantil da Santa Casa do Rio de Janeiro, Fábio Barbirato lembra que desde o século XVII estudos vêm tentando relacionar o desenvolvimento cerebral com o carinho dos pais. Ele lembra que já em 1621 o médico americano Richard Button apontou que crianças negligenciadas tinham mais propensão a sofrer de depressão e ansiedade. Barbirato diz que que os trabalhos ainda são inconclusivos, mas que este é um conhecimento já intuitivo da comunidade científica.
— Nada foi de fato comprovado, porque os estudos são ainda pouco amplos, foram feitos com um número reduzido de pacientes. Mesmo assim, na prática clínica, isto já é verificado. E em palestras já costumamos ressaltar para as mães a importância de cuidar bem de seus filhos — explicou Barbirato. — A nossa preocupação é, por exemplo, com as mães usuárias de crack ou com as crianças que perderam os pais.
Segundo o psiquiatra, a criança que não for bem tratada poderá, no futuro, apresentar, além de depressão e ansiedade, dificuldade de aprendizado e de relacionamento com outras pessoas. Barbirato explica que até os 5 anos o córtex pré-frontal ainda não está totalmente formado. E a falta de estímulos, como o carinho, pode prejudicar este crescimento.
— Até esta idade, estão se formando muitas sinapses no córtex pré-frontal. E seu desenvolvimento precisa de estímulos, que vêm do afeto — afirmou.

Fonte: O Globo

 

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Brincar é coisa séria


O ato de brincar também colabora no desenrolar da infância para a vida adulta, no aprendizado e na percepção de mundo.
Brincar é a melhor maneira para que as crianças se relacionem com o mundo exterior. Entre preferências distintas por jogos e brincadeiras, os adultos devem desempenhar o papel de estimuladores dessas atividades, de maneira que elas experimentem novas dinâmicas todos os dias. Uma criança diante de um brinquedo não está apenas entregue a um período de distração enquanto o responsável por ela exerce outras tarefas – elas utilizam o tempo para pesquisar e investigar o desconhecido.
A experimentação é o ponto-chave ao longo da brincadeira, pois contribui para a construção da identidade dos pequenos, fazendo com que sejam mais autônomas, criativas, extrovertidas e ajuda na aprendizagem oral e escrita. As brincadeiras também ajudam a aprender que é preciso esperar a sua vez e que, às vezes se ganha, e às vezes, se perde.
Os pais precisam estar cientes de que a brincadeira é parte essencial do desenvolvimento da criança. O ato de brincar faz os pequenos serem amigáveis com os colegas e amáveis com a família. Os adultos que estimulam a brincadeira e fazem parte desse momento com as crianças fazem com que elas se sintam amadas, além de fortalecer a autoestima e a autoconfiança delas. A brincadeira é o momento da troca de afeto e uma pausa para que a imaginação seja trabalhada.

Descubra a importância do ato de brincar nesse episódio da série Nota 10 – Primeira Infância, do Canal Futura.


O programa mostra, de forma simples e descontraída, as múltiplas facetas que compõem essa etapa do crescimento, por meio de depoimentos de especialistas (pediatras, neurologistas e psicanalistas) e exemplos de projetos educacionais realizados em diferentes estados brasileiros.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Sensibilizando os pais para o desenvolvimento dos filhos


A mais importante fase de desenvolvimento da vida de uma criança acontece entre a gestação e os 3 anos de idade, quando o bebê está exposto a diversos tipos de estímulos emocionais, sensoriais e físicos. E, para promover um crescimento sadio e equilibrado, a participação dos pais é fundamental.

Para o Dr. Saul Cypel, consultor técnico do Programa Primeira Infância da FMCSV, “os pais têm a função de acolher a criança, de protegê-la e de promover o seu desenvolvimento”. Por outro lado, quando esses estímulos parentais não são suficientes ou adequados, a criança pode ter o seu desenvolvimento comprometido. Segundo o Dr. Saul, “quando os estímulos e o acolhimento afetivo não acontecem, pode haver impactos negativos de várias ordens no desenvolvimento da criança, desde sua parte emocional até as habilidades motoras”.

Mas essa situação pode ser evitada e corrigida a tempo de minimizar eventuais prejuízos. Iniciativas como as promovidas em Penápolis, cidade do noroeste paulista, buscam não só atender as quase 4 mil crianças da região, mas também esclarecer aos pais o seu papel no desenvolvimento dos filhos.

“O Programa que implantamos aqui atua na promoção do vínculo entre pais e filhos”, explica Maria Inês Peters, secretária executiva do Projeto "Crianças Amadas, Adultos Seguros", desenvolvido em Penápolis (SP). Segundo ela, o projeto oferece aos pais, profissionais de saúde e educadores oficinas que mostram as necessidades das crianças a partir do ponto de vista de diversas áreas (psicologia, neurociência e pedagogia).

Ainda segundo Maria Inês, existe a dificuldade do entendimento dos pais sobre o seu papel no desenvolvimento da criança. Casos que estão além das capacidades dos programas são tratados de forma individualizada, mas sempre valorizando a relação saudável entre pais e filhos.

E os resultados já começam a ficar evidentes. “É bastante claro que tivemos uma mudança de olhar sobre a importância do desenvolvimento infantil. Tanto profissionais quanto familiares estão cada vez mais interessados em participar dessas atividades”, conclui Maria Inês.

Fonte: Boletim Bimestral da FMCSV
Edição 3 | Novembro 2012

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Rede CAAS apresenta ações penapolenses no Vale do Paraíba



Representantes da Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros), projeto social administrado através de um convênio entre Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e Prefeitura Municipal de Penápolis, participaram, durante os dias 5 e 6 de novembro, de uma oficina de elaboração de projetos do Programa VIM (Valorizando uma Infância Melhor), realizado em quatro municípios do Vale do Paraíba, coordenado pelo IDIS (Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social) e financiado pela Fundação Lúcia e Pelerson Penido.
Com atuação semelhante ao projeto penapolense, o Programa VIM tem como foco a melhoria da qualidade da educação infantil nesses municípios, a partir da capacitação dos profissionais e da articulação do trabalho realizado pelas Secretarias Municipais de Educação e Saúde. Também está entre as prioridades o envolvimento das famílias com as atividades e ações de promoção do desenvolvimento das crianças de 0 a 5 anos de idade.
No canto superior direito, Maria Inês Peters e Leonila
Torrezan (SME) apresentam ações de projetos
penapolenses em prol da educação infantil
A psicóloga e secretária executiva da Rede CAAS, Maria Inês Peters, conta que o convite para participar da oficina partiu da consultora Rosana kisil (IDIS). Estavam presentes as equipes de Lagoinha e Roseira, que mostraram a "linha do tempo" de seus projetos. Segundo Inês, pedagogas de Jundiaí também mostraram os avanços obtidos a partir do planejamento elaborado para as crianças de 0 a 5 naquela cidade.
O objetivo da participação foi apresentar os Programas REDIN (Rede pela Educação Infantil) e Primeiríssima Infância, especificamente os avanços obtidos pela educação infantil em Penápolis - de 2006 a 2012. “Os resultados da nossa participação foram bastante positivos e, além de divulgar o nosso aprendizado, pudemos inspirar os projetos daquela região para o segundo momento do Programa VIM, em 2013”, comentou a psicóloga.
Segundo o advogado Alexandre Gil de Mello, membro da Rede CAAS, é sempre positivo o ato de compartilhar experiências. “O convite para participar deste evento é uma demonstração de que Penápolis tem se tornado referência para municípios de todo Brasil”, comentou. 
Para Gil, as conquistas obtidas nos últimos anos com o Programa REDIN e Primeiríssima Infância elevaram de tal forma a qualidade do atendimento das crianças e famílias que as práticas estão sendo reconhecidas como modelo de gestão pública. “Tudo só foi possível graças à prioridade garantida pelo governo municipal, aos esforços e comprometimento das equipes técnicas da educação, saúde e assistência social, além da efetiva participação da sociedade, por meio das entidades, comércio, empresas, faculdades, clubes de serviço e meios de comunicação", encerrou. 

O projeto 
Articulando os três setores da sociedade, o projeto social recebe desde 2009 o apoio técnico e financeiro da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, de São Paulo. Em sua atuação, o projeto trabalha a mobilização e conscientização da população em relação à importância dos cuidados e estímulos para com a primeira infância, além da capacitação de profissionais da rede pública municipal de saúde, assistência social e educação infantil. 


terça-feira, 13 de novembro de 2012

Rede CAAS realiza exposição no Paço Municipal


Mostra é realizada com trabalhos de alunos de escolas que receberam doação de livros infantis e materiais para oficinas de arte.
  
Representantes de instituições promotoras e parcerias
da exposição
O Paço Municipal está sediando desde a última sexta-feira (9) uma exposição com trabalhos artísticos confeccionados por alunos da Educação Infantil do município. A mostra ficará no local até o dia 14 deste mês. O evento é resultado de uma iniciativa do projeto penapolense “Crianças Amadas, Adultos Seguros”, que reuniu parceiros para trazer para Penápolis uma grande quantidade e materiais didáticos da coleção “A Arte do Desenho”, doados por uma editora espanhola.
Além das unidades de educação infantil, escolas municipais e estaduais de ensino fundamental, Unidades Básicas de Saúde (Espaços Lúdicos), CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), CREAS (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), outras entidades do município e região foram contemplados com os kits que são compostos pelos fascículos “A Arte do Desenho”, estojos e materiais importados da Alemanha, como lápis coloridos, giz de cera, nanquim, carvão entre outros materiais para uso em aulas e oficinas.
A conquista contou com a parceria da Secretaria Municipal de Educação e Fundação Nelly Jorge Colnaghi, além das empresas Expir Transportes e Asperbras, que providenciaram o transporte, o armazenamento e a distribuição dos recursos didáticos, avaliados em cerca de R$ 350 mil.
A psicóloga e secretária executiva da Rede CAAS, Maria Inês Peters, informou que o grande volume de material foi catalogado e distribuído, atendendo as necessidades específicas de cada público envolvido. “Essa ação é um exemplo valioso que mostra a importância de estabelecermos parcerias em favor do desenvolvimento infantil, pois o alcance pode ser muito maior quando articulamos ativos diversos além de fortalecer a nossa comunidade”, comentou a psicóloga.
Para a secretária do projeto, todos os envolvidos foram beneficiados e certamente a Rede CAAS se fortalece para buscar novos investimentos para o município. “Agradecemos pelo empenho pessoal dos parceiros João Amilcar Rodrigues Anhesini, Alípio Casaroti (Asperbras/Fundação Nelly Jorge Colnaghi) e do secretário municipal de Educação Cledivaldo Donzelli e respectivas equipes”, finalizou.

O projeto
Da parceria entre a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e a Rede pelo Desenvolvimento Integral da Criança (REDIN) de Penápolis, surgiu o projeto Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros), que desenvolve o programa Primeiríssima Infância no município.
Com início no ano de 2009, a iniciativa articula o Poder Público, as empresas e organizações da sociedade civil com o objetivo de garantir o desenvolvimento integral de crianças de zero a três anos de idade.
Em sua atuação, o projeto trabalha a mobilização e conscientização da população em relação à importância dos cuidados e estímulos para com a primeira infância, além da capacitação de profissionais da rede pública municipal de saúde, assistência social e educação infantil. 

Confira mais fotos da exposição.




sábado, 3 de novembro de 2012

Ações da Rede CAAS são monitoradas por Fundação Maria Cecília Souto Vidigal


Após quatro anos de atuação em Penápolis, projeto inicia nova etapa em 2013 após concluir com sucesso as ações de promoção do desenvolvimento infantil.

1ª Engatinhata de Penápolis é um
dos eventos promovidos pela Rede CAAS
O projeto Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros), administrado através de um convênio entre Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), Prefeitura Municipal de Penápolis (PMP) e Associação Unidos pela Vida, recebeu no dia 20 de setembro a visita de representantes da Fundação, entre elas a coordenadora de projetos Gabriela Pluciennik e a gerente de programas Ely Harasawa.
Uma reunião entre os representantes dos comitês técnico e estratégico ocorreu no gabinete do Prefeito João Luís dos Santos para monitoramento das ações do projeto. No encontro, cada uma das ações foi analisada e recebeu um status, sendo que a grande maioria delas foi reconhecida como finalizada “satisfatoriamente”.
De acordo com Maria Inês Peters, secretária executiva do projeto, a ação de capacitação de profissionais da educação infantil sobre o tema Desenvolvimento Infantil Integral e Integrado superou a meta tanto na quantidade de profissionais quanto na qualidade da aplicação dos conceitos que envolvem, entre outros, a participação dos familiares das crianças em atividades do cotidiano escolar e o compartilhamento de conhecimentos sobre como cada parte pode contribuir para a promoção do DI (Desenvolvimento Infantil).
Ainda estão com status de “em curso” ações como a impressão de folders para orientação de familiares, nas UBS (Unidades Básicas de Saúde), com temas como aleitamento materno, direito das crianças e a importância do “colo” para a construção do vínculo afetivo com crianças.
Por meio de recursos da FMCSV, encontra-se também em fase de implantação a informatização das UBS. Cada unidade recebeu um computador para que fosse viabilizada a implantação da rede informatizada na área municipal da Saúde, que totaliza 10 unidades. Com recursos da PMP, o Banco de Leite Humano da Santa Casa de Penápolis também recebeu um computador que já sistematiza as informações; e a SASC (Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania) recebeu duas máquinas para informatização do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) e do Programa Bolsa Família.
Conforme os dados divulgados pela secretária, o investimento da FMCSV é de R$16 mil reais somente para essa ação. O total de investimentos para o Ano II do projeto (junho de 2011 a dezembro de 2012), em Penápolis, ultrapassou R$250 mil reais com contrapartida de igual valor oferecida pelo município (em recursos humanos da PMP, parcerias com empresas e organizações sociais).
  
Ações em andamento
Ainda há outras ações não finalizadas, como a implantação do fluxograma de atendimento às gestantes, que já foi revisado pelos médicos responsáveis, aprovado pelo COREN (Conselho Regional de Enfermagem) e enviado ao Conselho Municipal de Saúde para apreciação, o que deve acontecer nas próximas semanas.
A finalização de cartilhas com orientações para profissionais de diferentes setores sobre os principais conceitos de promoção do desenvolvimento infantil está em fase de elaboraçãoe terá ilustrações dos penapolenses Sami e Bill.

PMPI
O Plano Municipal pela Primeira Infância (PMPI) foi construído de forma participativa, com a colaboração de representantes de entidades, secretarias e sociedade civil e está sendo analisado, aguardando aprovação pelos membros do COMDICA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente). O plano pretende ser uma referência para a implantação de ações, projetos e políticas públicas que garantam o desenvolvimento integral de crianças de zero a três anos de idade.
Para Inês Peters, este trabalho é um desdobramento da versão aprovada em nível nacional. “A Rede CAAS propôs ao município um processo de construção coletivo do plano local, buscando articular saberes e olhares, competências e experiências”, afirmou. “Penápolis, mais uma vez, sai à frente na elaboração do documento em nível local”, destacou.

Apoio da Prefeitura
Um encontro com os candidatos a prefeito de Penápolis ocorreu nas dependências da Funepe (Fundação Educacional de Penápolis) durante a mesma visita, em setembro. Na ocasião, foi apresentado o Projeto Primeiríssima Infância, que é desenvolvido pela FMCSV em nível estadual e pela Rede CAAS em nível local. Além dos candidatos, participaram do encontro membros do comitê técnico e estratégico do projeto penapolense.
O intuito do encontro foi sensibilizar os candidatos em relação à continuidade de apoio da administração municipal ao projeto. “A articulação de parcerias intersetoriais é reconhecida como estratégica para alcançar com eficiência a complexidade da realidade atual”, comentou Inês. “Promover o desenvolvimento infantil oferecendo informações relevantes aos responsáveis pelo atendimento das crianças e suas famílias e envolvê-los em ações cotidianas tem se mostrado um caminho eficiente para garantir resultados positivos”, acrescentou.

Formação de profissionais
O Comitê Técnico da Rede CAAS elaborou uma proposta de currículo mínimo de formação para profissionais com foco no desenvolvimento infantil integral e integrado, que será apresentada para a nova equipe de governo e, se aprovada, norteará a implantação de um grupo permanente de formação de profissionais, o que pode garantir a sustentabilidade das ações do projeto no município.

Equipe do projeto penapolense concluiu
curso de pós-graduação em
Promoção do Desenvolvimento Infantil pela USP
Especialistas
Profissionais da Rede CAAS concluíram, em outubro, o curso de especialização em Promoção do Desenvolvimento Infantil na Escola de Enfermagem da USP (Universidade de São Paulo). Com 12 meses de duração e carga horária de 420h, a iniciativa formou especialistas que estão aptos a contribuir para o aprimoramento das políticas públicas destinadas ao desenvolvimento infantil, capacitando outros profissionais que lidam com os cuidados e estímulos de crianças com idade entre 0 e 3 anos.
De Penápolis, participaram do curso as profissionais das Secretarias Municipais de Educação e Saúde, Leonila de Aguiar Torrezan e Adriana Belletti, respectivamente, Cláudia Carmona Slavez, da Santa Casa de Penápolis, Maria Inês Peters e Alexandre Gil de Mello, da Rede CAAS e Rosiley Berbel, da Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania. 

O projeto 
Articulando os três setores da sociedade, o projeto social recebe desde 2008 o apoio técnico e financeiro da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, de São Paulo. Formada por um comitê estratégico e um comitê executivo, a Rede CAAS reúne profissionais liberais e representantes das Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social, além de parceiros do comércio local, incluindo a imprensa, os clubes de serviços e as entidades sociais. 
Em sua atuação, o projeto trabalha a mobilização e conscientização da população em relação à importância dos cuidados e estímulos para com a primeira infância, além da capacitação de profissionais da rede pública municipal de saúde, assistência social e educação infantil. 
A Rede CAAS já realizou três edições da Semana do Bebê, sempre no mês de agosto, além do evento 1ª Engatinhata de Penápolis. O primeiro evento é composto por atividades descentralizadas, isto é, ocorrem em espaços públicos, unidades de saúde e escolas. A população participa da Semana do Bebê gratuitamente por meio de oficinas, seminário científico, palestras, mesas-redondas, concurso de vitrines e apresentações artísticas. Já a primeira edição do evento Engatinhata, que ocorreu em abril deste ano, teve por objetivo esclarecer que o ato de engatinhar é muito importante para o desenvolvimento integral do bebê. 
Campanhas de conscientização também foram desenvolvidas pela rede como estratégia para levar mensagens importantes para o grande público. A Campanha de Amamentação e a Campanha Me Pega no Colo foram amplamente divulgadas, incluindo outdoors, anúncios em jornais, rádio, TV e redes sociais da internet. 
(Geso Jr./Agência Latina)