terça-feira, 29 de novembro de 2011

Rede CAAS participa de seminário em Belo Horizonte

A Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros) de Penápolis participou durante os dias 23 e 24 de novembro do seminário “Redes em Conexão pelos Direitos da Criança e do Adolescente” que ocorreu em Belo Horizonte (MG). O evento, promovido pela Rede ANDI Brasil e pelo Instituto C&A, foi uma oportunidade para o intercâmbio e o fortalecimento de experiências de redes sociais que promovem os direitos das crianças e adolescentes no Brasil.

Ao lado de importantes redes sociais, como a Rede Nacional pela Primeira Infância, a Rede Nacional Não Bata Eduque e a Rede Nacional pelo Direito à Educação, a Rede CAAS esteve representada no evento pelo advogado Alexandre Gil de Mello que, na oportunidade, apresentou as estratégias de mobilização e articulação desenvolvidas em Penápolis.

Alexandre Gil, representante da Rede CAAS, e Ciça Lessa,
secretária executiva da Rede ANDI Brasil, participam de
seminário em Belo Horizonte.
A Semana do Bebê de Penápolis, evento organizado pela Rede CAAS, foi reconhecida como uma importante prática para despertar o sentimento materno na comunidade e garantir o desenvolvimento integral das crianças. “Conhecer as diversas experiências de redes leva-nos a ter a certeza de que estamos no caminho certo, além de possibilitar o acesso a novos aprendizados que serão incorporados no nosso trabalho, tornando-o cada vez mais eficiente no atendimento dos direitos fundamentais da população infantil”, sintetizou o advogado e ex-presidente do COMDICA (Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Penápolis. 

O seminário reuniu representantes de diversas redes sociais comprometidas com a implementação e aprimoramento de práticas sociais inovadoras, construídas coletivamente a partir de olhares e conhecimentos compartilhados. De acordo com Gil, “o processo de construção e atuação de redes sociais é um grande desafio já que enfrenta paradigmas conservadores impregnados na cultura da sociedade brasileira. Perceber a incompletude nas condições humanas e profissionais é o primeiro passo para a disposição de estabelecer um processo dialógico. Para isso, a proposta das redes requer dos atores sociais o exercício da humildade”.

Mobilizar a sociedade para a implementação do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) a partir de uma perspectiva sistêmica é a missão das redes sociais no campo sociopolítico da infância e juventude, explicou Gil. “Temos grandes desafios, mas a certeza de que estamos contribuindo para que crianças tenham vida com qualidade deve ser a força propulsora do nosso trabalho”, finalizou.

Além de palestras com especialistas, o evento contou ainda com o lançamento de duas publicações: Vida em Rede – Conexões, Relacionamentos e Caminhos para uma nova sociedade e 10 anos da Rede ANDI Brasil em 20 anos de ECA. Nas mesas temáticas, pontos importantes foram destacados para o avanço das redes sociais no Brasil: incidência política no orçamento público, novas estratégias de comunicação para a mobilização, garantia do protagonismo e participação juvenil, promoção de vigilância dos instrumentos normativos, existência da apartação social de crianças e adolescentes nos seus espaços de convivência.

Rede CAAS
Do convênio entre a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, de São Paulo, a Rede pelo Desenvolvimento Integral da Criança de Penápolis e a Prefeitura Municipal de Penápolis surgiu a Rede CAAS. Com início no ano de 2009, a iniciativa articula o Poder Público, as empresas e organizações da sociedade civil com o objetivo de garantir o desenvolvimento integral de crianças de zero a três anos de idade. 

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