sábado, 30 de junho de 2012

Rede CAAS lança vídeo "Primeiríssima Infância de Penápolis"

Na última sexta-feira, 22 de junho, na sala pedagógica da Prefeitura, a Rede CAAS - Crianças Amadas, Adultos Seguros apresentou oficialmente aos parceiros e colaboradores o vídeo “Primeiríssima Infância de Penápolis. Representantes de entidades assistenciais, secretarias municipais, entre outros parceiros tiveram a oportunidade de conhecer – em vídeo – parte do trabalho realizado desde o início da parceria entre a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e a Prefeitura de Penápolis, através da  Associação Unidos pela Vida.
Antes da apresentação do vídeo, Alexandre Gil de Mello, agradeceu todos os parceiros, entre eles as secretarias municipais de Saúde, Educação e Assistência Social, enaltecendo o trabalho de cada um. “Somente realizando um trabalho conjunto e coeso, vamos obter grandes sucessos nessa caminhada em defesa da primeira infância”, lembrou Gil. Teodomiro Carvalho Guimarães, presidente da  Associação Unidos pela Vida, também se manifestou sobre o projeto e defendeu a manutenção do trabalho de todos os envolvidos.
O secretário municipal de Educação, professor Cledivaldo Donzelli, que no ato representou o prefeito João Luís dos Santos, lembrou dos projetos desenvolvidos no município e, em números, mostrou uma evolução importante na melhoria da qualidade de vida das crianças atendidas em creches, educação infantil, entre outros. “Na primeira infância isso não é diferente e esse trabalho da rede CAAS é muito importante para que tenhamos grandes cidadãos no futuro”, lembrou o secretário.

Ações
Durante a execução e aplicação do projeto junto à comunidade, são desenvolvidas diversas ações das secretarias municipais de Educação, Saúde e Assistência Social, sempre buscando cuidados e estímulos de gestantes e crianças com idade entre 0 e 3 anos de idade. Além disso, as ações da Rede CAAS, divulgando os eventos Engatinhata e Semana do Bebê  e campanhas como a do aleitamento materno e do vínculo afetivo “Me Pega no Colo” também refletem em suporte para o sucesso do projeto.
Os conceitos e eixos de atuação trabalhados pela Rede CAAS em Penápolis, fundamentados pela proposta da parceria do município com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, são: pré-natal, aleitamento materno, vínculo afetivo familiar, humanização do parto e dos ambientes da Saúde (ambientação de salas de obstetrícia e ginecologia das Unidades Básicas de Saúde e criação de espaços lúdicos nas dependências das UBS) e Educação (salas de amamentação dos Centros de Educação Infantil Municipal – CEIM), atendimento de famílias em situação de média e alta vulnerabilidade social  e os melhores cuidados durante a primeiríssima infância.
As informações sobre o projeto e sua atuação em Penápolis podem ser obtidas na Rede CAAS - Crianças Amadas, Adultos Seguros / Associação Unidos pela Vida pelo telefone (18) 3652 9872 ou no Blog www.redecaas.blogspot.com /e-mail: redecaas@gmail.com.

Fonte: Secom-PMP
Publicado pelo Jornal da Cidade.

Confira mais fotos do evento







quinta-feira, 28 de junho de 2012

Educação Infantil e Parada Pedagógica: Entrevista com Maribel de Almeida

A Secretaria Municipal de Educação de Penápolis promoveu no final do mês de maio a Parada Pedagógica, um evento que envolve todos os profissionais da rede que atuam na Educação Infantil. Foram desenvolvidas diversas atividades específicas para cada grupo com o objetivo de capacitar todos os funcionários que lidam diariamente com crianças. 
A Parada Pedagógica foi destinada a todas as educadoras, professores, estagiários, merendeiras, auxiliares de serviços gerais e até mesmo alguns agentes comunitários de saúde que se dispuseram a participar com o objetivo de aprender como melhor utilizar os espaços lúdicos das UBSs (Unidades Básicas de Saúde). 
Durante o dia do evento, os profissionais estiveram envolvidos em uma série de atividades de capacitação. Além de oficinas, os profissionais também participaram de uma palestra no Teatro Lúmine sobre “Eca e Primeira Infância”, ministrada pelo advogado Alexandre Gil de Mello e representantes da Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros). Após a palestra houve a exibição do documentário “Jovens de Coração”.
Confira abaixo a entrevista concedida pela coordenadora geral da Educação Infantil da Secretaria Municipal de Educação, Maribel de Almeida Oliveira Ribeiro, ao nosso blog.
Qual a relevância e os principais objetivos do evento Parada Pedagógica para a Educação Infantil de Penápolis?
Maribel - Considero que a Parada Pedagógica é um ganho importantíssimo para a educação infantil do nosso município. Baseado no pressuposto de que quem ensina precisa seguir aprendendo sempre, garantimos três Paradas a partir deste ano. São momentos em que toda a equipe se reúne para refletir sobre a prática educativa, pensar em como nossas instituições estão educando e cuidando da infância. O objetivo maior deste evento é propiciar momentos de integração, formação, de aquisição de novos conhecimentos e troca de saberes. Esta foi a primeira parada de  2012 e tivemos o cuidado e o carinho de planejar atividades atrativas e descontraídas que suprissem algumas das necessidades percebidas. De um modo geral, os participantes avaliaram a Parada de forma positiva. Houve um número expressivo de participantes, aproximadamente 250, entre educadores, merendeiras, auxiliares de serviços gerais, professores, coordenadores pedagógicos, encarregadas de Ceim (Centro de Educação Infantil Municipal), agentes sanitários e profissionais do Lactário e Fundação Colnaghi.

Como a senhora avalia a participação de profissionais ligados à Secretaria de Saúde no evento?
Maribel - Avalio de forma positiva. O número de profissionais da  saúde que participou foi maior  do que o esperado, entretanto, foi possível compartilhar dúvidas, valores, ampliar o vínculo entre os profissionais e mostrar aos agentes de saúde um pouco do trabalho realizado rotineiramente em nossas unidades de Ceim, o que inclui brincadeiras, músicas e produção de brinquedos, recursos estes fundamentais para o desenvolvimento integral de nossas crianças.

Em sua visão, qual o papel da Rede CAAS e seu trabalho desenvolvido junto à administração municipal, especialmente no que tange ao trabalho da Secretaria de Educação?
Maribel - A Rede CAAS vem contribuindo de forma bastante significativa, alavancando a Educação Infantil em Penápolis. Esta valiosa parceria trouxe mudanças e resultados substanciais para a primeiríssima infância. Através deste trabalho a Secretaria de Educação conseguiu desenvolver ações formativas que contribuíram para a ampliação cultural e competências dos nossos profissionais.

Tratando da Educação Infantil em Penápolis, quais os principais avanços da rede municipal em relação ao atendimento de crianças entre 4 meses e 3 anos de idade?
Maribel - Ultrapassar a concepção de cuidado que separa o físico do cognitivo, as emoções da razão, o cuidar do educar, que desvalorize as famílias, concepções e valores é uma realidade que precisa ser transformada. Nesse sentido o trabalho em rede trouxe inúmeros avanços, sendo eles:
  • Olhar dos profissionais da educação infantil mais ampliado/refinado para as crianças e o seu desenvolvimento;
  • Fortalecimento de vínculos entre crianças, profissionais e familiares (humanização)
  • Ações formativas que promoveram a ampliação das competências individuais dos profissionais que atuam na educação infantil;
  • Estabelecimento de parcerias com saúde e assistência social (articulação de ações);
  • Planejamento e execução de projetos institucionais (Acolhimento, Reunião de Pais, Alimentação) atrelados ao Projeto Político Pedagógico da unidade;
  • Disseminação de conhecimentos através de reedições;
  • Disponibilização de palestras, vídeos, dinâmicas para familiares na vertente de conscientizá-los sobre a importância da primeira infância.

Imagens do evento








quarta-feira, 20 de junho de 2012

O desafio de formar líderes desde o berço


Brasil começa a dar mais atenção à educação na primeira infância

O governo federal começou nesta semana uma nova cruzada visando melhorar as ações públicas para a primeira infância, com o lançamento do programa Brasil Carinhoso, que visa garantir renda mínima mensal de R$ 70 por pessoa a famílias pobres e saúde e educação para crianças de 0 a 6 seis anos.

O programa tem como base evidências científicas de que os investimentos na primeira infância ajudam a criança a desenvolver as habilidades cognitivas necessárias para competir no futuro. São teorias como a do americano James Heckman, prêmio Nobel em Economia em 2000, que afirma que as políticas de primeira infância têm retorno mais claro e ajuda a tornar os demais esforços mais efetivos. Heckman defende esta tese há pelo menos dez anos.

"O Brasil está resgatando uma linha de inovação que é utilizada na Inglaterra há quatro anos", afirma o médico Saul Cypel, consultor da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal (FMCSV), que atua no desenvolvimento infantil. Por isso, o investimento vem bem em tempo. Apesar do foco do governo nas crianças pobres, Cypel garante que ser pai e mãe é algo que muitas pessoas da elite também não sabem o que significa. "O acesso à informação é tão importante quanto os recursos."

A fundação atua com projetos de intervenção social com a finalidade de estimular profissionais a incorporarem práticas que levem à promoção do desenvolvimento da primeira infância. Dentre os projetos, estão um curso de especialização em Desenvolvimento Infantil, realizado em conjunto com a Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, uma parceria com o Canal Futura para a realização de programas voltados para educadores e mesmo a tradução de publicações.

"A iniciativa do governo é corajosa. Construir creche é positivo, mas só isso não resolve o problema", alerta Eduardo Queiroz, diretor presidente da FMCSV. "Os dados do governo mostram um déficit de 20 mil creches, que não vai ser sanado rapidamente", diz. Até mesmo porque o governo leva em média 3 anos para conseguir construir uma creche.

Queiroz defende que trabalhos que mobilizem a sociedade são fundamentais para que os esforços do governo tenham aderência, bem como a transparência das informações. "No orçamento federal não é possível saber quanto se investe em primeira infância, porque só temos os dados de educação. Falta saber quanto é aplicado em saúde e assistência social", diz.

Segundo dados do Contas Abertas, em 2009 o governo investiu R$ 9,6 bilhões na educação infantil, ou 5,7% do total aplicado em educação no país. O valor é pequeno perto da demanda. Para atender às metas do Plano Nacional da Educação, que tramita no Congresso, o Ministério da Educação calcula um valor de R$ 2.252,00 por aluno, enquanto a Campanha Nacional pelo Direito à Educação prevê que são necessários investimentos de R$ 6.450,70 por criança ao ano.

"O Brasil fez investimentos às avessas. Primeiro no superior, médio, fundamental, para chegar à primeira infância. Em outros países, como a Coreia do Sul foi o contrário", compara Saul Cypel. O Programa Primeiríssima Infância, desenvolvido pela FMCSV desde 2009, está passando por um processo de ampliação. No dia 18 de abril, durante reunião da Aglomeração Urbana de Jundiaí (AUJ), os oito municípios participantes assinaram uma carta de intenções para a adoção do programa Primeiríssima Infância. Itupeva, o nono município da AUJ, já faz parte do projeto desde seu início.

Publicado no jornal Brasil Econômico, em 16 de maio de 2012.
Texto de Regiane de Oliveira.
www.brasileconomico.ig.com.br

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Primeiríssima Infância de Penápolis: o vídeo

Confira abaixo o convite para a première do vídeo Primeiríssima Infância de Penápolis, produzido pela Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros) em parceria com a empresa Clip Multimídia, de Bauru (SP). A exibição ocorrerá no dia 22 de junho, sexta-feira, às 8h, no Paço Municipal. 
Não perca!


Projeto 
O projeto social Rede CAAS foi iniciado em Penápolis em 2009 e desde então conta com o apoio técnico e financeiro da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), de São Paulo, que desenvolve o Programa Primeiríssima Infância com mais cinco municípios do interior paulista.
Através de convênio entre a Prefeitura Municipal de Penápolis, FMCSV e Associação Unidos pela Vida, a Rede CAAS articula a sociedade e as secretarias municipais de Saúde, Assistência Social e Educação com o objetivo de promover o desenvolvimento integral das crianças durante os três primeiros anos de vida.
O projeto social conscientiza e informa famílias a respeito dos melhores cuidados e estímulos infantis, além de capacitar profissionais ligados ao atendimento público de gestantes e crianças nesta faixa etária, considerada primordial para a formação cognitiva e psicossocial.

terça-feira, 5 de junho de 2012

Palestra: Humanização do parto e nascimento

O psicólogo e membro da Rede CAAS, Lucas Bondezan Alvares, profere palestra sobre nascimento e humanização do parto no próximo dia 11 de junho, às 19h, no auditório da Funepe.
Participe!

www.funepe.edu.br

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Como estimular bebês?


Na hora do banho, das refeições, nas brincadeiras: cada momento da rotina do bebê apresenta oportunidade para estimular o seu desenvolvimento. Veja as dicas dos especialistas para você


Quando os pais devem começar estimular o desenvolvimento de seus filhos? Desde que o bebê está no útero! E até quando devem se preocupar em fazer isso? Para sempre. É o que diz a fonoaudióloga, psicomotricista e psicopedagoga Raquel Caruso. "A estimulação ao desenvolvimento dos filhos não tem prazo para começar e acabar", diz ela. Mas é importante saber como dar esses estímulos na forma e na medida certa. Na primeira infância, os estímulos corretos fazem a diferença para o desenvolvimento das habilidades motoras, da fala, da alimentação, da inteligência. Veja abaixo as dicas das especialistas para cada período, em cada lugar. 

Durante a gravidez
Segundo a fonoaudióloga, psicomotricista e psicopedagoga Raquel Caruso, os estímulos ao desenvolvimento do bebê devem começar ainda na fase da gravidez. O feto pode receber estímulos auditivos e também afetivos. "A mãe, o pai, o irmão mais velho podem conversar com o bebê. Vale também colocar músicas suaves para ele ouvir e fazer massagens, também suaves, na barriga", diz Raquel. 

Na hora de mamar
Os benefícios da amamentação são diversos e bem conhecidos: o aleitamento materno desenvolve os laços afetivos entre mãe e filho, é importante para o fortalecimento do sistema imunológico e a sucção feita pelo bebê fortalece os movimentos labiais, preparando-o para a fala. O que muita gente não sabe é que a amamentação também permite ao bebê receber estímulos sonoros, visuais e de tato de uma maneira equilibrada: quando a mãe dá o peito direito, o bebê fica com o seu lado esquerdo exposto a esses estímulos; quando troca para o peito esquerdo, o bebê fica com o lado direito exposto. "Por isso, quando por alguma razão a amamentação não é possível, quem dá a mamadeira ao bebê deve fazer o revezamento do braço com o qual se segura a criança, exatamente como acontece quando o bebê mama no peito", diz a fonoaudióloga Maristella Cecco Oncins, doutoranda em distúrbios da comunicação humana pela UNIFESP/EPM. 

No quarto
Objetos com cores diferentes, brinquedos sonoros como os móbiles são estímulos que podem estar presentes no quarto do bebê. "Mas é preciso ter cuidado para não exagerar. O bebê precisa de estímulos, mas não pode ficar em um ambiente agitado demais", diz a fonoaudióloga, psicomotricista e psicopedagoga Raquel Caruso. 

Na hora do banho
Objetos com cores diferentes, brinquedos sonoros como os móbiles são estímulos que podem estar presentes no quarto do bebê. "Mas é preciso ter cuidado para não exagerar. O bebê precisa de estímulos, mas não pode ficar em um ambiente agitado demais", diz a fonoaudióloga, psicomotricista e psicopedagoga Raquel Caruso. 

Na hora de engatinhar
Espaço livre para desenvolver os movimentos: segundo as especialistas Raquel Caruso e Maristella Oncins, é disso que os bebês mais precisam para desenvolver as habilidades motoras. "Coloque um edredom no chão e deixe o bebê explorar o espaço", diz Raquel. Para estimular o bebê a engatinhar, coloque um brinquedo distante, para que ele sinta vontade de alcançá-lo. Também vale engatinhar ao lado dele, mostrando como se faz. "Não são só as habilidades motoras, de engatinhar, que são desenvolvidas dessa forma. Mas também a habilidade de conquistar objetivos, de se esforçar para conseguir algo. Por isso não se deve, por exemplo, manter o bebê em um cercadinho ou carrinho, dando na mão dele tudo o que ele quer. Desde pequeno é importante exercitar a vontade", explica Maristella Oncins. 

Na hora de andar
Segundo a especialista Maristella Oncins, é fundamental que a criança explore e conheça o mundo, também pelo desenvolvimento motor, como o rolar, rastejar, engatinhar e andar. "Não tem importância se a criança começa a andar aos 12 meses ou com 14 meses, o importante é que ela não pule fases do desenvolvimento motor, diz Maristella. "O uso do andador impede que a criança tenha experiências importantes na sua descoberta do andar. Ele funciona como uma espécie de para-choque. Com ele, a criança não tem a noção correta do seu corpo em relação ao espaço, do seu próprio ritmo, do que acontece se correr e bater em um obstáculo", diz. A fonoaudióloga, psicomotricista e psicopedagoga Raquel Caruso também desaconselha o uso do andador. "O andador não é um estímulo. Não permite que a criança firme os braços, quadril, desenvolva a musculatura e senso do equilíbrio. O bebê precisa ficar, com supervisão, em um espaço livre para poder se desenvolver. Organize um espaço para que o bebê possa brincar e use protetores nas tomadas para evitar acidentes", diz ela. Para estimular corretamente a criança a andar, Raquel diz que o adulto deve se abaixar para ficar na altura da criança e segurar seus braços, sem levantá-los muito alto, para que a criança ande com as plantas dos pés bem apoiadas no chão. "Muitas vezes vemos os pais segurando as crianças com os bracinhos erguidos e andando na ponta dos pés. A criança precisa ter o apoio de todo o pé no chão", explica ela. A especialista também diz que é interessante dar oportunidade à criança de pisar em diferentes tipos de solo, como gramados, terra, areia. 

Na hora de brincar
Os brinquedos mais caros, eletrônicos, cheios de sons ou movimentos não são necessariamente os que melhor estimulam as crianças. Para estimular o desenvolvimento do tato, da visão, da audição, da inteligência, o melhor é optar por brinquedos que permitam à criança ser um agente ativo da brincadeira e não apenas um expectador. "Nesse aspecto, os jogos de montar, os brinquedos de madeira, as fantasias são opções mais interessantes", diz a fonoaudióloga, psicomotricista e psicopedagoga Raquel Caruso. 

Na hora de falar
A criança apenas aponta e você dá o que ela quer? Se você está fazendo assim, não está estimulando corretamente seu filho a falar. De acordo com a fonoaudióloga, psicomotricista e psicopedagoga Raquel Caruso, o adulto deve estimular a criança a dizer o nome do objeto ou daquilo que ela quer, antes de dar o que ela pede. Ela também diz que é importante que o adulto se abaixe para falar de modo que a criança veja seu rosto e os movimentos do lábio. "Também é preciso prestar atenção para respeitar os turnos da conversa. Se você fizer uma pergunta à criança, dê tempo para que ela responda, sem interrompê-la para completar a sentença caso ela esteja demorando", diz a especialista. Ler histórias para a criança e dizer os nomes de objetos também são formas de estimular a fala, segundo ela. 

Na hora de comer
Os corredores dos supermercados são cheios de opções de papinhas e alimentos lácteos para os bebês, mas os pais devem usar esses produtos com parcimônia. É que além de não serem tão saudáveis quanto as refeições preparadas com alimentos frescos, eles não estimulam a mastigação e a musculatura facial. Segundo a fonoaudióloga Maristella Oncins, os pais devem oferecer aos bebês alguns alimentos mais sólidos para que essa estimulação seja feita. "Dê alimentos com texturas diferentes, como pão italiano, cenoura, pepino, por exemplo, para que ele exercite a função da mastigação e os músculos faciais", diz. Ela também diz que as papinhas prontas restringem o paladar da criança. Explorar os sentidos do paladar e o olfato (sentir o cheiro da comida sendo feita no fogão) contribuem para a criança conhecer e explorar o mundo. "Aprender a saborear é muito importante. Por isso é que se deve apresentar, por exemplo, as frutas separadamente, um sabor de cada vez", diz ela. Cuidado com o uso de perfumes e desodorantes fortes, pois isso impede que a criança sinta o cheiro da própria mãe. Os sentidos (tato, audição, visão, paladar, olfato, equilíbrio, vitalidade) levam a criança a ter sensações e desenvolver a percepção do mundo. É importante ouvir e falar ao rolar e rastejar, o balbuciar, ao engatinhar e ao dizer as primeiras palavras ao andar. 


Fonte: www.educarparacrescer.com.br
Texto de Adriana Carvalho