Publicado no Blog Superando os Desafios, no dia 23 de maio de 2013
Médico especialista em desenvolvimento infantil e consultor da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Saul Cypel diz que conhecimento médico sobre o assunto de 60 anos atrás ainda não chegou com clareza a muitos pais e mães do Brasil.
Quando deve começar a preocupação dos pais com o desenvolvimento do filho?
No momento em que eles começam a planejar ter um bebê, pois as vivências da gestação já podem influenciar a criança. Existe um psiquismo pré-natal. Mas é claro que a preocupação é maior após o nascimento.
Por que esse período inicial é tão importante?
A sobrevivência do bebê depende dos cuidados que vai receber. Mas o cuidado não deve ser só físico. O bebê, quando tem fome, tem também uma sensação de risco. Ele entra em um certo nível de ansiedade e comunica que precisa de atenção. Por isso é importante que a mãe ofereça o peito e o acolha. Não é uma questão meramente nutricional.
Qual é a coisa mais importante para os pais saberem ao educar os filhos?
Educar um filho não é um processo simples. O primeiro passo é os pais saberem que o bebê já nas primeiras semanas tem um psiquismo em desenvolvimento. Não basta só dar cuidados de alimentação e higiene. Ele é um ser que já vivencia insegurança, ansiedade. Por isso a necessidade de acolhimento.
E o que o sr. acha das teorias sobre música clássica, DVDs para estimular a inteligência?
É equivocado começar a estimular cedo com coisas que não fazem muito sentido. O bebê precisa de cuidado, acolhimento, mas não de coisas extravagantes. É mais o feijão com arroz.
Isso não parece tão difícil...
Mas a grande maioria das pessoas não está instrumentada. É importante que os pais se preparem, seja durante a gravidez ou mesmo depois, com ajuda de profissionais, porque nem sempre isso vem naturalmente. Os pais têm de fazer perguntas para profissionais preparados em desenvolvimento infantil, que pode ser o próprio pediatra. Mas não precisa de nada sofisticado.
E como é o trabalho da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal?
Procuramos trabalhar desde a gravidez até a idade de 3 anos, porque é a base do desenvolvimento. Trabalhamos para que a informação chegue de forma simples e esclarecedora aos pais, para que eles sabiam da importância de brincar, colocar regras. O ginecologista/obstetra já pode começar a informar os pais. Depois passamos pela humanização do parto, a defesa do parto normal, que deixa a mãe muito mais pronta para acolher o bebê em seguida. E também para que os profissionais da área da saúde tratem a mãe de forma afetuosa, durante todas as consultas. Fazemos grupos com famílias, orientamos que o pai também é umafigura muito importante. Temos programas em creches, mas vale lembrar que só 15% das crianças no Brasil estão na creche, O que falamos não são coisas novas, são já conhecidas há seis ou sete décadas. Fizemos, por exemplo, parceira com a Sociedade Brasileira de Pediatria para inserir programas de formação continuada, palestras, distribuímos livros. O discurso de desenvolvimento infantil está muito em voga, mas a lição de casa tem de ser feita.
QUEM É Saul Cypel
Médico especialista em desenvolvimento infantil
Neuropediatra, professor livre-docente de Neurologia Infantil, consultor do Programa de Desenvolvimento Infantil da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal e diretor do Instituto de Neurodesenvolvimento Integrado (INDI).
Disponível em:
http://jocilia2013.blogspot.com.br/2013/05/educacao-infantil-exige-acolhimento-e.html
terça-feira, 28 de maio de 2013
quinta-feira, 14 de março de 2013
Parceria entre Rede CAAS e TV Câmara de Penápolis está "no ar"
O programa Primeiríssima Infância estreou
no canal 14, da Câmara de Vereadores de Penápolis (SP), em fevereiro. A
iniciativa de veicular uma série de entrevistas partiu da direção da TV Câmara,
que reconhece a importância do trabalho desenvolvido pela Rede CAAS (Crianças
Amadas, Adultos Seguros) no município.
De acordo com a secretária executiva do
projeto, Maria Inês Peters, os contatos para esta ação de divulgação das
atividades relacionadas à promoção do desenvolvimento infantil em Penápolis foram
iniciados ainda em 2012.
O programa piloto apresentou uma
entrevista com o psicólogo Lucas Bondezan Alvares, parceiro da campanha “Pai Não é Visita”. Também
participaram os atletas Rodrigo Guaru e Luciano Gigante, do Clube Atlético Penapolense.
Durante a entrevista, eles relatam suas vivências no papel de pais, enfatizando
a parceria com as esposas nos cuidados com os bebês.
No segundo programa, que foi ao ar no
último final de semana, foi a vez da nutricionista e especialista em Promoção do
Desenvolvimento Infantil, Adriana Belletti, destacar a relevância da nutrição
durante a primeira infância. Confira!
Para onde vamos?
À exemplo da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, apresentamos nossa história.
quarta-feira, 13 de março de 2013
Imagens da 1ª Engatinhata - Confira!
O desenvolvimento infantil é responsabilidade de toda a sociedade penapolense. |
Os espaços coletivos são ideais para acolher iniciativas que promovam o desenvolvimento das crianças |
Cada parceiro contribui com os ativos de que dispõe Técnicas do Banco de Leite/Enfermeiros e agentes comunitários de saúde |
Acolher e cuidar |
Eu vou! |
Oportunidade |
Aprendizado |
"É necessária toda uma comunidade para educar uma criança" |
Parcerias valiosas |
Quanta alegria! |
Participação de profissionais em formação |
2ª ENGATINHATA DE PENÁPOLIS
A 2ª Engatinhata de Penápolis acontecerá no próximo dia dia 30, a partir das 9h, no Pátio da Matriz.
O evento foi pensado como oportunidade de chamar a atenção dos cuidadores, familiares e comunidade sobre a relevância dos estímulos como forma de garantir o desenvolvimento integral das crianças de 0 a 3 anos. Isso porque as pesquisas mostram que os cuidados direcionados à saúde física do bebê (vacinas, consultas ao pediatra e higiene) já são reconhecidos pelas pessoas comuns como importantes; entretanto, sabemos que para promover o desenvolvimento integral é necessário ir mais além e investir na construção de vínculos afetivos com os bebês, ainda antes do nascimento.
A segurança da gestante em sua rede de apoio (familiares e amigos) e a prática de estimular o bebê desde o nascimento, cantando, "conversando", tocando sua pele com suavidade (banho, troca de fraldas, alimentação), criando oportunidades para o bebê descobrir o mundo e fazendo do ambiente um espaço de acolhimento e respeito podem influenciar positivamente nas novas aprendizagens.
Quando o bebê é colocado para engatinhar, por exemplo, é exigido dele que "aceite o desafio" de passo-a-passo superar os próprios limites mantendo o interesse em alcançar brinquedos e iniciar o deslocamento do seu corpo no espaço. É nesse momento que, ter um adulto conversando com ele, oferecendo objetos sonoros e estimulando suas pequenas conquistas, faz toda diferença, agregando o afeto ao aprendizado e fazendo resultados mais consistentes.
A comunidade também é responsável pela criação de espaços onde esse estímulo pode acontecer naturalmente: praças bem cuidadas, ruas seguras onde as crianças possam caminhar, espaços de brincar; enfim, uma cidade planejada para atender as necessidades das crianças é fundamental para a igualdade de oportunidades que todas as crianças precisam para desenvolverem suas potencialidades.
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PARCERIAS: CAPS, CARACOL, COLÉGIO FUTURO, ELETROCAR, PARQUINHO DO BEBÊ, REPORFOTO E PREFEITURA MUNICIPAL DE PENÁPOLIS. |
terça-feira, 5 de março de 2013
Vereador participará de estudos em Harvard sobre Desenvolvimento Infantil
O vereador Alexandre Gil (PT), membro da Rede CAAS (Crianças Amadas, Adultos Seguros) de Penápolis (SP), participará do Congresso de abertura do Programa de Formação de Lideranças
Executivas em Promoção do Desenvolvimento Infantil, na Universidade de Harvard,
nos Estados Unidos. O evento será de 17 a 22 de março com a promoção
de conhecimentos por cientistas e pesquisadores de nível
internacional no trabalho pela primeira infância e implantação de
programas e políticas para o setor. As despesas do vereador para
os estudos nos Estados Unidos serão custeadas totalmente com
recursos privados. O programa, cuja inscrição de Alexandre Gil foi aprovado há
poucas semanas, terminará com um workshop de três dias, em junho, em São Paulo.
O vereador já
tem participado do Programa Primeiríssima Infância, executado em Penápolis em
parceria com a Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. A
secretária executiva do Programa Primeiríssima Infância de Penápolis, Inês
Peters, destaca que a participação de Alexandre Gil em Harvard contribuirá de
forma significativa com o trabalho local. “Esse intercâmbio de vivências
favorece o aprimoramento das suas competências como articulador de parcerias em
programas de desenvolvimento comunitário, já reconhecidas por toda a nossa
comunidade, amplia a perspectiva sobre o tema permitindo o desenvolvimento de
novas estratégias de implementação de políticas públicas, bem como a elaboração
de projetos que garantam a prioridade de investimentos nessa faixa etária.
Lembramos que os investimentos realizados na primeira infância repercutem por
toda a vida e são mais bem aproveitados na medida em que toda uma geração se
beneficia de seus resultados", afirma Inês Peters.
A Câmara Municipal de Penápolis
também manifestou reconhecimento à importância da representação do município no
Programa da Primeira Infância na Universidade de Harvard. Por iniciativa do
vereador Jonas Chamareli (PV), foi aprovada Moção de Congratulação para
Alexandre Gil e vários vereadores discursaram enaltecendo o fato. “Tendo em
vista a relevância do assunto e por tratar-se de uma instituição educacional
considerada a melhor do mundo, só temos a parabenizar o vereador Alexandre Gil
por mais esta conquista”, diz parte da Moção de Congratulação.
O projeto
Articulando os três setores da sociedade, o projeto social recebe desde 2008 o apoio técnico e financeiro da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. Formada por um comitê estratégico e um comitê executivo, a Rede CAAS reúne profissionais liberais e representantes das Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência Social, além de parceiros do comércio local, incluindo a imprensa, os clubes de serviços e as entidades sociais.
Em sua atuação, o projeto trabalha a mobilização e conscientização da população em relação à importância dos cuidados e estímulos para com a primeira infância, além da capacitação de profissionais da rede pública municipal de saúde, assistência social e educação infantil. Acompanhe o trabalho da Rede CAAS e faça parte do grupo no Facebook.
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
PAI NÃO É VISITA
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Rodrigo Matias e Sofia |
O difícil é que, mesmo querendo ficar ao lado da mulher, a opção nem sempre é tarefa fácil. Embora exista uma lei federal que oficialize esse direito, médicos e gestores de hospitais, especialmente do SUS, estão descumprindo-a.
A Lei 11.108, sancionada em 2005, define que toda gestante pode ser acompanhada por alguém de sua escolha antes, durante e depois do parto. E nada melhor do que o pai do bebê para assumir esse papel.Segundo reportagem publicada no dia 28 de janeiro de 2013, no jornal O Estado de São Paulo, 64% das 54 mil mulheres entrevistadas entre maio e outubro de 2012 pela ouvidoria da Rede Cegonha não puderam ser acompanhadas na hora do parto. Os hospitais do SUS alegam que faltam espaços e infraestrutura, o que comprometeria a segurança da parturiente. Mas, para especialistas, esses obstáculos precisam ser vencidos. O acompanhante é essencial, porque acalma a gestante, a deixa segura, e torna a experiência do parto mais positiva, já que, amparada, a mulher sente menos dores e desconforto.
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Rodrigo Guaru, a esposa Tays e Alanis |
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) também apresentou uma proposta e, desde 2011, está coletando assinaturas para levá-la aos deputados com o objetivo de acelerar a aprovação do Projeto de Lei 879/11, que amplia a licença de 5 para 30 dias. A proposta quer beneficiar funcionários de empresas que integrem o Programa Empresa Cidadã (iniciativa que permite a ampliação da licença-maternidade de quatro para seis meses). A proposta também quer garantir o mesmo direito para pais de crianças adotadas, como forma de estimular o estreitamento de laços e a criação de vínculos.
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Luciano Gigante |
Para quem aprova essa mudança, é possível aderir aos movimentos que já ganharam as redes sociais. Uma das alternativas de participação está no site da AVAAZ, criado por uma rede de ativistas para mobilização social, dentre eles a Res Publica, de advocacia global.
Outra maneira de exercer a cidadania é denunciar o descumprimento da Lei 11.108, que prevê acompanhante às gestantes. Basta ligar para o Disque Saúde (136) e falar diretamente com a Ouvidoria Geral do SUS.
Lucas Bondezan Alvares |
Em poucos dias a TV Câmara, também parceira da campanha, exibirá o primeiro programa da série PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA DE PENÁPOLIS, que irá o ar pelo Canal 14 (a cabo) e pelo seu site.
Fonte: www.facebook.com/fmcsv
sábado, 2 de fevereiro de 2013
Papel do pai
No âmbito da saúde integral, cabe ao pai desenvolver a chamada saúde paterno-infantil, relacionada ao vínculo físico, psicológico e afetivo desenvolvido entre as crianças e os que exercem essa função em suas vidas.
O homem
tem o direito de participar do planejamento reprodutivo e familiar. Ele e a
companheira devem decidir juntos se querem ou não ter filhos, como e quando
tê-los. Além disso, também lhe é garantido o direito de acompanhar a gravidez,
o parto, o pós-parto e decidir sobre a educação da criança.
Felipe
Daniel Reis/SXC
- Acompanhamento do pai ajuda a mãe partilhar responsabilidades fazendo com que nenhum dos dois sintam-se sobrecarregados
Pais participam de evento da Rede CAAS |
É também
dever paterno custear alimentação especial, assistência médica e psicológica,
exames complementares, internações, parto, medicamentos e demais prescrições
preventivas e terapêuticas, a critério do médico, além de outras que o juiz
considere pertinentes. Caso isso não ocorra, é concedido à mulher o direito de
ir à Justiça e exigir que se cumpram tais obrigações. Nesse caso, o pai terá de
se apresentar em juízo em até cinco dias.
Com a Lei 11.804, sancionada em
2008, a responsabilidade do pai passou a valer desde a concepção. Dessa forma,
ficou estabelecida a obrigação de dar todo o suporte à mãe durante os nove
meses.
Importante
dizer que pais adolescentes e jovens adultos são reconhecidos como sujeitos de
direitos sexuais e reprodutivos e que, portanto, devem igualmente ser
assistidos diante de suas necessidades e projetos de vida. Apesar da pouca
idade, eles têm as mesmas obrigações e os mesmos direitos dos outros pais.
A mãe
costuma atrair para si as atenções desde a gestação até os primeiros meses de
vida da criança, quando os cuidados tendem a ser mais intensivos. O papel
paterno, porém, tem deixado de ser coadjuvante, com a participação crescente
dos pais nos cuidados desde a gestação, passando pelo nascimento do bebê e
pelas várias fases de desenvolvimento da criança.
O pai
pode ajudar a mãe, sobretudo, criando um ambiente calmo, receptivo e amoroso
que ofereça apoio e segurança irrestritos à gestante. Desse modo, ela poderá se
sentir fisicamente e emocionalmente amparada e acolhida, e, com isso,
desenvolver uma gestação saudável em todas as suas fases, reduzindo a
possibilidade de depressão materna no pós-parto.
Durante o
pré-natal, é importante considerar a gravidez não apenas como da mulher, mas do
casal. O cuidado masculino com o bebê é indissociável do cuidado à gestante,
envolvendo, entre outras coisas: estabelecer uma comunicação doce e direta com
a mãe e com o feto que está sendo gerado; mostrar-se atencioso e atraído tanto
física quanto psicologicamente pela mulher; e participar e permanecer atento às
modificações estruturais – físicas, mentais, psicológicas e sociais – as quais
ela poderá tornar-se suscetível durante esse período.
Partilhar
responsabilidades faz com que nem a mãe nem o pai sintam-se sobrecarregados e,
dessa forma, apresentem maior disposição e disponibilidade emocional para o
bebê. Nesta lógica, o pai pode e deve auxiliar diretamente nos cuidados básicos
com o recém-nascido, como trocar fraldas, alimentar, dar banho, levar para
passear, participar das consultas médicas e da administração de medicamentos,
quando for o caso. Importante ressaltar que, além do contato com o bebê, o
homem “ajuda” também ao transmitir afeto e segurança à companheira,
contribuindo para que ela se sinta mais preparada para acolher seu próprio
filho (a).
A
presença do pai, dependendo da qualidade de tal presença é geralmente positiva
para os filhos. Há um consenso de investigações que quando os homens (como pais
sociais ou pais biológicos) estão engajados na vida de seus filhos, os vínculos
entre eles são reforçados. Isso beneficia o desenvolvimento físico,
psicológico, afetivo e social de modo geral das crianças, que muitas vezes
apresentam melhor desempenho na escola e têm relações mais saudáveis como
adultos.
Outro direito dos pais que trabalham é a licença-paternidade, que no Brasil é de cinco dias consecutivos, a partir do nascimento do bebê. O pai adotivo também tem o mesmo direito.
Outro direito dos pais que trabalham é a licença-paternidade, que no Brasil é de cinco dias consecutivos, a partir do nascimento do bebê. O pai adotivo também tem o mesmo direito.
A
licença-paternidade é um dispositivo importante ao possibilitar que o
trabalhador se ausente do serviço para auxiliar a mãe de seu filho, que não
precisa necessariamente ser sua esposa, compartilhar dos cuidados primários e
também registrar a criança num cartório.
O tempo é
relativamente curto, se comparado à licença concedida em países como a
Alemanha, que permite que o pai se afaste por até um ano e dois meses (com
direito a 67% da remuneração) ou o Japão, onde os homens podem tirar licença de
um ano (com 25% do salário).
A
licença-paternidade no Brasil, porém, é maior que em outros países da América
do Sul, como a Argentina e o Paraguai, que dão apenas dois dias de folga ao
trabalhador após a chegada do bebê.
Fonte: Ministério da Saúde
segunda-feira, 7 de janeiro de 2013
Rede CAAS entrega primeiro exemplar de cartilha à administração municipal
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Reprodução da capa da cartilha |
A
produção desse material é uma das ações do projeto Ano II do Programa
Primeiríssima Infância de Penápolis, desenvolvido pela Rede CAAS, e está sendo
totalmente custeada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal (FMCSV), de São
Paulo. O material traz contribuições de vários membros da Rede CAAS e é
ilustrado pelos designers penapolenses Samuel Ribeiro e Fábio Borges,
conhecidos como Sami e Bill.
A
entrega do “boneco” ao prefeito selou a parceria exitosa de quatro anos,
período em que foram investidos mais de 500 mil reais no município em
capacitações, sensibilização da comunidade, eventos e aquisição de equipamentos
para os espaços lúdicos e informatização de unidades de atendimento
às gestantes e crianças de 0 a 3 anos de idade. A Prefeitura, em contrapartida,
disponibilizou seus colaboradores e equipamentos para realização das ações.
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Prefeito João Luís e Maria Inês Peters |
Manter
acessível aos profissionais que atuam junto às gestantes, suas famílias e
crianças até 3 anos, os conceitos trazidos pelo Programa Primeiríssima Infância
é um dos objetivos da cartilha. “Registramos ações em curso no município, bem
como destacamos o “olhar ampliado” para o atendimento, reconhecendo a
relevância do vínculo afetivo entre as mães/famílias e seus bebês, permitindo a
valorização da atitude do profissional e reconhecendo essa perspectiva como
estratégica para a promoção do desenvolvimento integral das crianças”, destacou
a psicóloga Inês Peters.
O
foco da cartilha priorizou os resultados da pesquisa realizada recentemente
pelo IBOPE e encomendada pela Fundação Maria Cecília Souto Vidigal, em que
ficou evidente o desconhecimento da população sobre a importância do vínculo
afetivo para o desenvolvimento infantil, como destaca o neuropediatra Dr. Saul
Cypel, consultor da Fundação. Para ele, a pesquisa "mostra como a
questão da saúde está bem resolvida - e é muito bom que esteja -, mas ainda
precisamos avançar muito em relação aos fatores emocionais e comportamentais.
Os pais ainda desconhecem a importância de estabelecer os vínculos afetivos e,
consequentemente, os danos que podem haver quando se ignora o potencial de
aprendizagem da primeira infância".
Os
resultados do estudo também deixam claro que, apesar de serem indispensáveis,
as escolas de educação infantil (creches) não são reconhecidas pelas famílias
como espaços de promoção do desenvolvimento das crianças, sendo esse um
indicador importante para subsidiar trabalhos com pais e propostas que
esclareçam a corresponsabilidade que envolve família e escola no processo
educativo, disseminando a estimulação das crianças através do “brincar”,
principalmente.
Ao
longo dos últimos quatro anos, cerca de 600 profissionais foram capacitados no
município, entretanto, a continuidade das ações está vinculada à criação de um
grupo de estudos (formação continuada), uma proposta da Rede CAAS para 2013
que, em breve, deverá ser apresentada aos gestores do governo atual.
No
ultimo mês de dezembro, o prefeito eleito Célio de Oliveira, acompanhado do vereador
Rodolfo Valadão (PV), participou de um encontro com diretores da Fundação Maria
Cecília Souto Vidigal em que se mostrou “completamente sensibilizado” para a
relevância do trabalho e sua continuidade.
O projeto
Articulando
os três setores da sociedade, o projeto social recebe desde 2008 o apoio
técnico e financeiro da Fundação Maria Cecília Souto Vidigal. Formada por um
comitê estratégico e um comitê executivo, a Rede CAAS reúne profissionais
liberais e representantes das Secretarias Municipais de Educação, Saúde e Assistência
Social, além de parceiros do comércio local, incluindo a imprensa, os clubes de
serviços e as entidades sociais.
Em
sua atuação, o projeto trabalha a mobilização e conscientização da população em
relação à importância dos cuidados e estímulos para com a primeira infância,
além da capacitação de profissionais da rede pública municipal de saúde,
assistência social e educação infantil.
A
Rede CAAS já realizou três edições da Semana do Bebê, sempre no mês de agosto,
além do evento 1ª Engatinhata de Penápolis. O primeiro evento é composto por
atividades descentralizadas, isto é, ocorrem em espaços públicos, unidades de
saúde e escolas. A população participa da Semana do Bebê gratuitamente por meio
de oficinas, seminário científico, palestras, mesas-redondas, concurso de
vitrines e apresentações artísticas. Já a primeira edição do evento
Engatinhata, que ocorreu em abril de 2012, teve por objetivo esclarecer que o
ato de engatinhar é muito importante para o desenvolvimento integral do bebê.
Campanhas
de conscientização também foram desenvolvidas pela rede como estratégia para
levar mensagens importantes para o grande público. A Campanha de Amamentação, a
Campanha Me Pega no Colo e a Campanha Brincar é Coisa Séria foram amplamente
divulgadas. Acompanhe o trabalho da Rede CAAS e faça parte do grupo no Facebook.
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