Humanizar e melhorar a assistência à gravidez, ao parto e ao pós-parto. Esses são os principais objetivos dos Centros de Parto Normal (CPN), criados em 1999, pelo Ministério da Saúde para atender parturientes e recém-nascidos de baixo risco. Além disso, a iniciativa pretende reduzir cada vez mais a taxa de mortalidade materna – que apresentou queda de aproximadamente 50% entre 1990 e 2007, segundo o Ministério da Saúde – e as ocorrências de cesarianas. De acordo com dados do Sistema Único de Saúde (SUS), em 2009 as cirurgias cesarianas representaram 34% dos partos realizados pelo sistema de saúde pública.
Segundo o Ministério da Saúde, atualmente o Brasil possui 25 centros e cada unidade tem capacidade para realizar, em média, 100 partos por mês. O diferencial desses locais é a ambientação que procura oferecer bem-estar e tranquilidade às gestantes. Ali, são elas que escolhem a melhor maneira para dar à luz, sempre de forma natural, sem uso de medicamentos e com a presença dos acompanhantes de sua preferência.
Para aumentar o relaxamento e ajudar a aliviar a dor durante o trabalho de parto são utilizados recursos como banhos de banheira e chuveiro, massagens e caminhadas. É importante destacar que os CPNs não realizam partos de gestantes de alto risco ou que apresentem pressão alta, doenças cardíacas, diabetes e gravidez de gêmeos, por exemplo.
As unidades têm como prioridade a humanização no atendimento, por isso as equipes desenvolvem relações de afetividade com as gestantes e suas famílias. Em geral, os CPNs são liderados por enfermeiras-obstetras, que conduzem o trabalho de parto e são capacitadas para identificar alterações que possam acontecer durante o trabalho de parto e agir conforme a necessidade. Estas equipes podem ter o apoio de médicos obstetras e neonatologistas para os casos que precisarão de intervenções.
Os centros também possuem uma série de equipamentos para monitoramento do trabalho de parto e assistência à mulher e ao recém-nascido. No entanto, se houver qualquer complicação, como descolamento prematuro da placenta ou diminuição dos batimentos cardíacos do bebê, a mãe é encaminhada imediatamente para a maternidade parceira. Para isso, todos os CPNs possuem ambulância e motorista e, quando não funcionam no mesmo terreno, ficam a, no máximo, uma hora de distância do hospital de referência, conforme a legislação que regulamenta o serviço.
Fonte: www.brasil.gov.br
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